novembro 25, 2013

A crítica de Otto Maria Carpeaux que o Brasil prefere esquecer

Em 1958, quando lança Presenças, Otto Maria Carpeaux inclui no volume uma crítica devastadora sobre Canaã, de Graça Aranha. Não há o que contestar na sua breve, mas corajosa, completa análise. E não deixa de ser curioso o comportamento de muitos dos nossos scholars, que insistem em tratar Canaã como um romance, por qualquer motivo, fundamental. A impressão que nos passam é triste: aparentam seguir a tese de que, para se firmar, para efetivamente possuir um cânone nacional, dependemos de algumas muletas capengas – uma delas, Canaã.

A seguir, a íntegra do texto de Carpeaux:




5 comentários:

Anônimo disse...

Nasci e moro no ES e fui obrigada a ler a obra na escola, na faculdade de Direito e na de Letras. Sempre por professores de sociologia (socorro).

Não gostar disso, por aqui, é o mesmo que ser pecadora.

Luciano disse...

Como fiz faculdade de história e esta sempre foi via de regra um 'antro' de esquerdismo marxistóide, quando se falava de Carpeux era para falar que ele era 'de direita' e só, como se isso bastasse para o autor não ser lido. Vejo o tempo que perdi hoje...

Francisco disse...

Mas o carpeaux era socialista!

" Acredito na
inevitabilidade do advento do socialismo; mas é preciso lutar para que sob o domínio desse socialismo não desapareçam os valores culturais tradicionais e os valores da liberdade individual."

www.tirodeletra.com.br/entrevistas/OttoMariaCarpeaux.htm

Pobres diabos, para eles se não é rebanho é direitista. Qualquer ser humano decente se orgulharia de ter o carpeaux no mesmo grupo ou nação. Este país não tem concerto!

Angelo Galvão disse...

Esse artigo do alienígena Carpeaux é um atentado aos mais caros valores da nossa nacionalidade. Afinal, todos sabem que no Brasil todos são gênios e tudo é genial.
Os que não são capazes de ver essa verdade tão evidente são servos dos estadunidenses...

Anônimo disse...

Professor,

O que o senhor acha dos volumes chamados Romance, reunidos por Franco Moretti?

Muito obrigado!

Rodrigo