fevereiro 24, 2014

Por que estudar a “História da Literatura Ocidental” de Otto Maria Carpeaux?

Carpeaux recusava a história literária que fosse um “mausoléu de falsas celebridades” e pretendia recriar a proposta dos grandes pensadores românticos, como Friedrich Schlegel, partindo do princípio de que “nada do que o tempo criou jamais perde o valor; continua a agir em nós, de modo que o fio cronológico dos fatos é, ao mesmo tempo, a árvore genealógica das obras do Espírito”.

Contra o “mausoléu”, contra uma história literária que fosse apenas recuperação dos acontecimentos literários segundo um fio cronológico e biobibliográfico, Carpeaux propôs um trabalho de síntese que estudasse “a literatura como expressão estilística do Espírito objetivo, autônomo, e ao mesmo tempo como reflexo das situações sociais”. Ele desejava manter a ordem cronológica, mas “só de maneira muito geral”, e apresentar a literatura “conforme os grandes movimentos estilísticos e ideológicos da história espiritual européia”.

Ao seguir esse método, Carpeaux criou a obra paradigmática que analisarei, a partir do próximo dia 12 de março, em meu novo curso: História da Literatura Ocidental — o magnum opus de Otto Maria Carpeaux”. As inscrições estão abertas e todas as informações estão neste link ou diretamente com o Cedet On-line (neste e-mail: livros@cedet.com.br ou neste telefone: 19-3249-0580).

Um comentário:

GABRIEL BIRKHANN disse...

Gurgel deveria ter uma coluna fixa na imprensa brasileira!