“A eufonia,
acima do próprio sentido, é a grande razão da literatura.”
“A má literatura
abunda em clichês, mas também a boa.”
“A língua, com
sua fugacidade e seus caprichos, escapa das mais engenhosas categorias em que
os gramáticos pretendem aprisioná-la.”
“Dizia Aristóteles, em sua Retórica (III, II, 2 e 3), que o desvio do ordinário era o que fazia a linguagem da oratória parecer mais nobre. E que, já que o homem ama o insólito, o orador devia dar um ar estranho às suas palavras; algo que assombrasse aos seus ouvintes, fazendo com que se sentissem diante de um estrangeiro e não como se estivessem frente a um concidadão. Hoje, essa constatação de Aristóteles segue sendo uma grande verdade da linguística: a prosa é como uma língua estrangeira oposta à língua cotidiana.”
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