O historiador Gunter Axt também acompanha os debates em torno do texto de Flora Sussekind – e conclui: “História da Inteligência Brasileira [de Wilson Martins] é resultado de um poderoso esforço de síntese e de notável erudição. Não é e nem precisa ser a interpretação última e mais acabada da cultura e da literatura brasileiras. É mais uma. E, em minha modesta opinião, muito útil, para todo aquele que deseja alcançar uma aproximação razoável ao Brasil”.
Vale a pena ler outros intelectuais que se manifestaram, parcial ou totalmente, contra o texto da ensaísta:
Affonso Romano de Sant'anna
Deonísio da Silva
Luís Antônio Giron
Sérgio Rodrigues
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maio 02, 2010
maio 01, 2010
Diplomacia contra a truculência
Hoje foi a vez de Sérgio Rodrigues responder à metralhada de Flora Sussekind. Para o meu gosto pessoal, usou de muita cordialidade. Nem sempre a diplomacia é a melhor resposta à truculência. Mas, enfim, sempre me esqueço, este é um país cordial. Sérgio não deixa de apontar, com acerto, ao menos dois graves problemas de parcela da crítica literária contemporânea: a “rendição incondicional à antropologia”, enaltecendo os escritores que se preocupam apenas em ser porta-vozes dos “despossuídos literários: mulheres, negros, gays, favelados”, e o endeusamento da “transgressão”, do “escrever mal”. É uma pena que, ao fazê-lo, tenha se sentido obrigado a diminuir o valor de Wilson Martins, que, em sua opinião, “se ao morrer andou sendo saudado por aí como um gigante, em evidente exagero, isso parece se dever menos à sua estatura do que ao cenário liliputiano construído ao seu redor” – afirmação com a qual não posso, de forma alguma, concordar.
No entanto, temos de saudar o fato de o violento artigo da mandarina ter sido contestado por alguns no transcorrer da última semana: além de Sérgio Rodrigues, Affonso Romano de Sant'anna, Deonísio da Silva e Luís Antônio Giron.
No entanto, temos de saudar o fato de o violento artigo da mandarina ter sido contestado por alguns no transcorrer da última semana: além de Sérgio Rodrigues, Affonso Romano de Sant'anna, Deonísio da Silva e Luís Antônio Giron.
abril 29, 2010
“Wilson Martins nos legou uma atitude ética”
Agora é Luís Antônio Giron, da Época, quem fala sobre o artigo de Flora Sussekind. Na opinião do crítico, a ensaísta assumiu o “papel de carrasca exumadora de cadáveres”. E ele completa: “Não compreendo ela chutar um crítico morto, que é pior que um cachorro morto neste país que odeia quem aponte erros, quem denuncie ideias, quem leia com atenção”. Na opinião de Giron, Wilson Martins “foi um exemplo ético a ser seguido por qualquer pessoa que queira se devotar ao estudo da cultura”.
Ao lado de Affonso Romano de Sant'anna e Deonísio da Silva, Luís Antônio Giron forma o solitário trio de intelectuais que, até agora, demonstrou coragem e caráter para se contrapor ao mandarinato da crítica literária brasileira.
Ao lado de Affonso Romano de Sant'anna e Deonísio da Silva, Luís Antônio Giron forma o solitário trio de intelectuais que, até agora, demonstrou coragem e caráter para se contrapor ao mandarinato da crítica literária brasileira.
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