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novembro 25, 2013

A crítica de Otto Maria Carpeaux que o Brasil prefere esquecer

Em 1958, quando lança Presenças, Otto Maria Carpeaux inclui no volume uma crítica devastadora sobre Canaã, de Graça Aranha. Não há o que contestar na sua breve, mas corajosa, completa análise. E não deixa de ser curioso o comportamento de muitos dos nossos scholars, que insistem em tratar Canaã como um romance, por qualquer motivo, fundamental. A impressão que nos passam é triste: aparentam seguir a tese de que, para se firmar, para efetivamente possuir um cânone nacional, dependemos de algumas muletas capengas – uma delas, Canaã.

A seguir, a íntegra do texto de Carpeaux:




abril 03, 2012

Puro pedantismo

No Rascunho deste mês, minha análise do romance Canaã, de Graça Aranha: “Jamais entendi por qual motivo afirma-se que Canaã é um romance nacionalista — e, consequentemente, teria sido uma das obras que anteciparam as ideias da Semana de 22. A bem da verdade, se há exaltação dos valores nacionais nesse livro, estão descritos às avessas — ou foram encontrados por algum crítico fantasioso. [...] A cada página, reaparece o fel do naturalismo, pretensamente científico, de Aluísio Azevedo. Eco da escola evolucionista e do germanismo de Tobias Barreto, de quem Graça Aranha foi discípulo, Canaã também apresenta respingos da lama frenologista e preconceituosa de Mestiçagem, degenerescência e crime, de Nina Rodrigues”.