Um amigo me
conta que, na escola em que seu filho estuda, no 3º ano do Ensino Médio, os
professores de Filosofia, Sociologia e Literatura solicitaram obras de José
Saramago. Ao questionar a coordenação pedagógica — por que tantas obras de um
mesmo autor exatamente no ano que antecede os vestibulares? —, meu amigo escutou
a mais esfarrapada das respostas: “Foi tudo coincidência, devido à pouca
comunicação entre os professores que elaboraram o currículo deste ano”.
Três
professores, de três matérias, escolhem livros de um autor sem nenhuma
preocupação metafísica, anti-religioso, anticatólico, marxista de carteirinha,
defensor de ditaduras comunistas e de regimes populistas e demagógicos — e a
coordenação da escola quer que um pai preocupado com a educação do seu filho
acredite numa “coincidência”?
A mentira e a
doutrinação esquerdista são evidentes. Escancaradas. E meu amigo é um pai
solitário, sozinho a gritar num oceano de pais desavisados, ignorantes ou
irresponsáveis. Um rebanho de pais ingênuos que entregam a inteligência e o
espírito de seus filhos nas mãos de militantes petistas cuja última preocupação
é ensinar.
Quanto à
qualidade literária de Saramago, fico com a avaliação do editor português Guilherme Valente: “Saramago é, quanto a mim, um escritor engenhoso, mas
elementar e habilmente lamecha, que, em termos de idéias, escreve e fala para
um público pouco culto, cuja ignorância explora, para cujos juízos mal
informados, ideológicos, sectários ou primários apela, obscurecendo, em vez de
iluminar”.
fevereiro 12, 2014
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