Carpeaux
recusava a história literária que fosse um “mausoléu de falsas celebridades” e
pretendia recriar a proposta dos grandes pensadores românticos, como Friedrich
Schlegel, partindo do princípio de que “nada do que o tempo criou jamais perde
o valor; continua a agir em nós, de modo que o fio cronológico dos fatos é, ao
mesmo tempo, a árvore genealógica das obras do Espírito”.
Contra o “mausoléu”,
contra uma história literária que fosse apenas recuperação dos acontecimentos
literários segundo um fio cronológico e biobibliográfico, Carpeaux propôs um
trabalho de síntese que estudasse “a literatura como expressão estilística do
Espírito objetivo, autônomo, e ao mesmo tempo como reflexo das situações
sociais”. Ele desejava manter a ordem cronológica, mas “só de maneira muito
geral”, e apresentar a literatura “conforme os grandes movimentos estilísticos
e ideológicos da história espiritual européia”.
Ao seguir esse
método, Carpeaux criou a obra paradigmática que analisarei, a partir do próximo
dia 12 de março, em meu novo curso: “História
da Literatura Ocidental — o magnum
opus de Otto Maria Carpeaux”. As inscrições estão abertas e todas as
informações estão neste link ou diretamente com o Cedet On-line (neste e-mail: livros@cedet.com.br ou neste telefone: 19-3249-0580).
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Um comentário:
Gurgel deveria ter uma coluna fixa na imprensa brasileira!
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