Se você, caro leitor,
não se considera um esquerdista contumaz, talvez tenha chegado o momento de
informar-se um pouquinho sobre o que está acontecendo na face da Terra. Para
tanto, indico três livros indispensáveis:
A tese central
deste livro é que a esquerda, havendo fracassado durante o século XX em seu
programa clássico (o socialismo), substituiu, no século XXI, a revolução
socioeconômica pela moral-cultural. A esquerda, assim, já não tem um projeto
econômico, mas um projeto cultural de “engenharia social”.
Eugenia Rocella
e Lucetta Scaraffia mostram, nesta obra, que os direitos humanos, aos quais se
referem todas as organizações sociais, vêm perdendo, ao longo dos anos, sua
característica original de código ético, convertendo-se, pouco a pouco, na base
ideológica de um relativismo totalitário.
O livro de
Monsenhor Juan Claudio Sanahuja aprofunda as questões levantadas nas obras
anteriores, fazendo-nos lembrar, a cada página, as palavras do cardeal Jean
Daniélou: “Não há nada pior que um idealismo otimista, em cujo nome certas
civilizações se consideram como representantes dos valores autênticos”.
Estes três
livros falam, basicamente, da nova ética que está sendo engendrada nos
bastidores da política mundial; na verdade, uma religião laica e ateia, cujos
princípios são muito simples:
1) Bem e mal são
conceitos relativos, variáveis de acordo com cada subjetividade. Nada é bom ou
mau em si.
2) As verdades
são mutáveis, ditadas por qualquer cientista que possua respeitabilidade
midiática ou anuência da Organização das Nações Unidas (ONU).
3) O conceito de
“direitos humanos” será permanentemente passível de modificações, negociado e
alterado ao sabor das pressões políticas e midiáticas.
4) O centro da
vida humana é o corpo. Cabe ao homem satisfazer suas vontades, seus apetites,
livre de qualquer injunção, salvo as estabelecidas pelos partidos que,
momentaneamente, ascendam ao poder, dos quais pode-se discordar em silêncio,
desde que estejamos prontos a obedecê-los.
Um comentário:
obrigado
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