Hoje, muitos
acreditam que a verdade não pode ser simples, objetiva, clara. O relativismo
transformou a realidade num cenário nebuloso, opaco, no qual todos têm razão.
Ou seja, onde ninguém está certo.
Em meio a estes
dias turvos, quando grande parte dos intelectuais e da mídia nos dizem que bem
e mal são indistinguíveis, o mal se traveste de humildade – e a mentira de inteligência.
Palavras que, num primeiro momento, impressionam agradavelmente, refletem,
depois de breve análise, o seu caráter contraditório e, muitas vezes, nocivo.
Numa realidade
assim, o discurso de Bento XVI, proferido ontem, num encontro informal com os
cardeais, ganha relevância surpreendente: “Hoje, a expressão ecclesia militans está um pouco fora de
moda, mas, na realidade, podemos sempre compreender melhor que ela é
verdadeira, carrega em si a verdade. Vemos que o mal está dominando o mundo e
que é necessário entrar em luta contra o mal. Vemos como ele o faz de tantas
maneiras, cruéis, com as diversas formas de violência, mas também mascarado
como bem e destruindo, dessa forma, os fundamentos morais da sociedade”.
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