setembro 03, 2009

Estado sem limites (do jeito que a esquerda gosta)

Brilhante, para dizer o mínimo, o artigo de Demétrio Magnoli hoje no Estadão:

Nunca, desde o encerramento da ditadura militar, o Estado brasileiro violou tão profundamente a ordem democrática quanto na hora em que Mattoso selecionou, entre os milhões de correntistas da CEF, o nome de Francenildo, uma testemunha da CPI que investigava o poderoso ministro. No mesmo dia em que o presidente da CEF acessava o extrato "suspeito", mas não o transmitia ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), guardando-o para Palocci, Tião Viana prometia aos jornalistas "uma grande surpresa". O poder que faz isso não conhece limites. Seu horizonte utópico é o Estado policial: a administração pública convertida em aparelho de intimidação permanente dos cidadãos, por meio da invasão da privacidade e da chantagem pessoal.

[...]

Quando proferiram seus votos, os cinco juízes enxergaram um semelhante não em Francenildo, mas em Palocci. Eles votaram na sua casta, deixando as impressões digitais do persistente patrimonialismo brasileiro nos registros da Corte constitucional.


Maus tempos os nossos, caros leitores. Tempos perigosos para os cidadãos comuns.

5 comentários:

Pedrita disse...

infelizmente os tempos sempre foram ruins já que a corrupção é algo cultural. são poucos que não fazem a lista escolar dos filhos com materiais dos seus chefes ou órgãos públicos. pessoas q depois reclamam dos corruptos. e estranho o collor ser eleito depois de poucos anos do empeachment. quem votou não leva a sério o país ou é muito desinformado. beijos, pedrita

Graça Filadelfo disse...

Infelizmente Rodrigo, esta é uma realidade no Brasil. Só mais um exemplo da impunidade que reina entre nós, pobres mortais.
Os poderosos saem bem quando acionados judicialmente. Palocci, Sarney... Então vale perguntar: Justiça pra que?

Abraços,
Graça Filadelfo

Tibiriçá Ramaglio disse...

Vamos ver hoje com o Battisti. O Peluso está falando muito. Até agora contra o terrorista, vamos ver se na hora de votar ele não vem com nenhum "mas"...

Abraccio,

Tibiriçá

Pedrita disse...

pronto, demorei mas terminei o incrível as aventuras do sr. pickwick e comentei no meu blog. beijos, pedrita

Pedrita disse...

oi, falei de dois irmãos do milton hatoum que terminei de ler no meu blog. espero q esteja tudo bem com vc. beijos, pedrita