A tecnologia pode ajudar o escritor a ter disciplina |
No mundo
conectado, em que a Web e as redes sociais consomem nossa atenção, como o
escritor pode manter sua disciplina de trabalho, isolar-se e, inclusive,
ampliar sua produtividade?
Se, como afirmei ontem, Evernote é essencial para reunir um grande e variado volume de
informações, o escritor também precisa de recursos que o ajudem a manter o foco
em seu trabalho e nas metas que ele se autoimpõe.
Há dois softwares
que uso sempre. Eles fazem com que eu me concentre no que realmente importa:
escrever. Contribuem para minha autodisciplina.
O mais radical é
Freedom. Trata-se de um software que bloqueia todas as distrações da Internet:
você estabelece o tempo que deseja ficar desconectado e ele interrompe de forma
drástica a sua conexão — e você só poderá se reconectar caso reinicie o
computador.
Vários escritores
contemporâneos lutam contra as distrações oferecidas pela Web. A própria
romancista Zadie Smith, por exemplo, já se pronunciou publicamente sobre o
tema.
Quando sento para
produzir minha cota diária de textos, meu primeiro gesto é ligar Freedom — o
segundo é desligar o celular. São horas sagradas em que me obrigo, alegremente,
a escrever de verdade.
Mas o inventor de
Freedom, Fred Stutzman, também criou o programa Anti-Social, uma versão menos
radical de Freedom.
Anti-Social mantém
sua conexão — para que você possa, por exemplo, pesquisar na Web —, mas o
impede de entrar nas redes sociais ou em qualquer site que desvie sua atenção.
Sem autodomínio e
disciplina nenhum escritor se torna produtivo.
A tecnologia nos
oferece ferramentas que destroem nossas desculpas esfarrapadas — e nos obrigam
a escrever com produtividade e concentração crescentes.
Como dizia
Hemingway, “disciplina se conquista”.
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