agosto 08, 2012
David Stove, consciência moral e honestidade
É incrível como gerações de intelectuais – ou
semi-intelectuais – podem repetir, de maneira incansável, um sofisma que apenas
prejudica a humanidade. E é ainda mais incrível como essa ilusão de verdade pode
ser desmontada por meio de um raciocínio aparentemente simples. Digo
aparentemente, pois a lógica de David Stove esconde duas questões fundamentais,
esquecidas pela intelligentsia nacional
– e sem elas seria impossível construir tal reflexão: consciência moral e
honestidade. O artigo fala por si. E não citarei nem mesmo uma linha, pois ele precisa ser lido na íntegra. [Atenção: ainda que alguns navegadores digam o contrário, o Mídia Sem Máscara não apresenta perigo de malware.] Apenas complemento com uma dica: ler, depois, a
introdução de Isaiah Berlin à obra A liberdade, de John Stuart Mill (presente na edição publicada pela Editora Martins Fontes). Berlin apresenta a contrapartida ideal às
ideias de Stove, ao asseverar, apesar de alguns elogios, que “a defesa que faz
Mill de sua posição no tratado sobre a Liberdade não tem, como frequentemente se
diz, uma qualidade intelectual superior. Muitos de seus argumentos podem ser
dirigidos contra ele; certamente nenhum é conclusivo, ou poderia convencer um
oponente determinado ou impassível”.
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2 comentários:
"Berlin apresenta a contrapartida ideal às ideias de Stove, ao asseverar, apesar de alguns elogios, que “a defesa que faz Mill de sua posição no tratado sobre a Liberdade não tem, como frequentemente se diz, uma qualidade intelectual superior. Muitos de seus argumentos podem ser dirigidos contra ele; certamente nenhum é conclusivo, ou poderia convencer um oponente determinado ou impassível”."
Talvez o Sr. já conheça o livro, mas o jurista inglês James Fitzjames Stephen publicou uma refutação cabal da tese do Mill: Liberty, Equality, Fraternity.
Roger Kimball menciona a obra aqui.
Obrigado pela indicação, Pedro! Grande abraço!
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