Durante os
primeiros meses da república, entre novembro de 1889 e junho de 1890, um
brasileiro residente na Europa escreve, utilizando o pseudônimo de Frederico de
S., seis longos ensaios sobre o golpe militar e seus desdobramentos. Publicados
na Revista de Portugal, que pertencia
a seu amigo íntimo, o escritor Eça de Queirós, os textos, reunidos sob o título
de Fastos da ditadura militar no Brasil,
são paradigmas do melhor publicismo, análise cética, arguta e irônica da
ditadura que transformou o país politicamente estável numa farsa cujos
principais personagens — exatamente como nos dias de hoje — são a demagogia, o
empreguismo e a corrupção.
outubro 06, 2011
O antirrevolucionário
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