Saldo positivo
A semana, até o presente momento, oferece um saldo positivo. Por uma dessas casualidades com que a vida nos gratifica, minha mulher ganhou duas entradas para o recital do baixo Robert Holl (foto), na Sala São Paulo, nesta última segunda-feira. Fomos, é claro. E que maravilhosa voz! Apesar das canções de Schumann (sobre poemas de Heinrich Heine) e de Tchaikovsky serem belíssimas, Holl alcançou uma expressividade incrível cantando Rachmaninov, especialmente os dois últimos lieder, "Cristo ressurgiu" (versos de Merejkovsky) e "Oh, tu, meu campo semeado" (versos de Aliéksei Tólstoi). A força e o calor da voz de Holl ainda repercutem nos meus ouvidos.
Não foi menos agradável ler a crônica de João Pereira Coutinho, hoje, na Folha de S. Paulo (apenas para assinantes, infelizmente). O escritor português tem o dom de conceder vida à Ilustrada. É, sem qualquer dúvida, o melhor cronista da atualidade. O texto desta quarta-feira catapulta o eu do leitor, lança-o longe de qualquer visão derrotista. Não há melhor forma de se iniciar o dia, ainda mais quando ele está chuvoso e frio - e temos uma quantidade imensa de trabalho sobre a escrivaninha.
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