No Rascunho deste mês, meu ensaio sobre o
clássico Minha formação, de Joaquim
Nabuco.
Leiam um trecho:
No ensaio “Um
capítulo da higiene mental dos artistas”, Hermann Hesse fala sobre a
importância do ócio na vida do escritor. O tom às vezes exageradamente
hedonístico dessas páginas não me agrada, mas o romancista alemão está certo
quando diz que “o trabalho intelectual se deixa envolver e dominar” cada vez
mais “pela atividade industrial rude e violenta, sem tradição e bom gosto” e
que “retalhamos o tempo em pequenos e ínfimos pedaços, dos quais cada um tem
ainda o valor de uma moeda”. O texto, escrito em 1940, permanece atual, com um
agravante: a arte, contaminando-se, de maneira crescente, do corriqueiro, do
vulgar, passou a obedecer a certo filistinismo hostil, zombeteiro até, em
relação à estética que, repelindo a demagogice, anseia preservar um mínimo de virtuoso
requinte. Nabuco tinha perfeita consciência disso e denunciava que “o público,
o protetor moderno das letras, cuja generosidade tem sido tão decantada, não
passa de um Mecenas de meia-cultura”. Não por outro motivo ele alertou, 40 anos
antes de Hesse, que
Um comentário:
não há necessidade de vivermos no ócio, mas q o ócio é criativo, é. é preciso vários momentos de nada para produzir com qualidade. beijos, pedrita
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