Borges: "No caso de um conto, eu conheço o princípio, o ponto de partida, conheço o fim, conheço a meta" |
Como surge a idéia
de um conto, de um romance, de um poema?
Cada escritor tem
sua história, sua forma de inspiração.
Vejam o que Jorge
Luis Borges fala:
“Começa por uma
espécie de revelação. Mas eu uso essa palavra de uma maneira modesta, não
ambiciosa. Ou seja, de repente eu sei que algo vai acontecer e que isso que vai
acontecer pode ser, no caso de um conto, o princípio e o fim. No caso de um
poema, não: é uma idéia mais geral, e às vezes tem sido a primeira linha. Ou
seja, algo me é dado, e depois intervenho, talvez estrague tudo (ri). No caso
de um conto, por exemplo, eu conheço o princípio, o ponto de partida, conheço o
fim, conheço a meta. Mas depois tenho que descobrir, através dos meus muito
limitados meios, o que acontece entre o começo e o final”.
O que Borges conta é apenas o nascimento, a primeira fulguração do texto.
Todo o complexo e estimulante jogo de construir a narrativa vem depois.
Inspirador
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