maio 18, 2013

Cem anos de um autêntico reacionário

Hoje comemoramos o centenário do magnífico Nicolás Gómez Dávila. Ele fala por si mesmo, com a força dos seus escólios, aos quais adicionei títulos inocentes:

A alguns funestos críticos literários

– A paixão igualitária é uma perversão do sentido crítico: atrofia a capacidade de distinguir.

Aos pretensos filósofos

– Uma gramática insuficiente prepara para uma filosofia confusa.

À maioria dos escritores

– Para seduzir não é necessário que o escritor tenha algo a dizer, mas que seja alguém.

Aos que desprezam os clássicos

– Toda literatura é contemporânea para o leitor que sabe ler.

Aos que vomitam palavras

– Não devemos escrever como falamos, mas como deveríamos falar.

Aos que acreditam pensar

– Ninguém pensa seriamente enquanto a originalidade lhe importa.

Aos que não gostam de mim
 
– O reacionário escapa da escravidão da história porque persegue na selva humana as pegadas dos passos divinos.

Um comentário:

  1. Uma enchente de sabedoria. As vezes no intuito de se buscar a perfeição (como aprendizes), mira-se para o lado da verdade, da estética e das possibilidades e esquece-se da gramática.Genial!

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