Chesterton é grande
e grandioso. Seu texto empolga, contagia. Sua argumentação irônica faz explodir
diante de nós os paradoxos do mundo que construímos — quanta loucura somos
capazes de aceitar!
Ele pode também
ser um bom professor, daqueles raros, cujas lições extrapolam o medíocre livro
didático. Conselhos só aproveitáveis, entretanto, aos dispostos a ler e reler.
Acompanhem esta aula
para quem deseja ser escritor. Os conselhos servem a todos, ainda que o tema se
restrinja a histórias de detetives. Uma das melhores lições, por exemplo, é
endereçada aos que “têm a estranha noção de que é tarefa deles confundir o
leitor; e de que, contanto que o confundam, não importa se o desapontam” —
prática que se tornou um vício na literatura contemporânea brasileira.
Li este ensaio recentemente. Aliás, todos os ensaios do livro O Tempero da Vida têm algo de genial. São divertidos e sagazes, como também Max Beerbohm. Recomendo, entretanto, ler o conto O Estrela de Prata, de Conan Doyle, para melhor apreciação deste ensaio.
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