dezembro 30, 2013

O prazer do fim esconde a alegria do reinício

Acabo de colocar o ponto final no livro que será publicado nos próximos meses, continuação de Muita Retórica – Pouca Literatura (de Alencar a Graça Aranha).

Constam, do novo volume, livros das duas décadas iniciais do século XX, período que nossos estudiosos se acostumaram a tratar como Pré-Modernismo, conceito impregnado de confusão, que se liquefaz quanto mais estudamos os escritores ali enfiados.

De Júlia Lopes de Almeida a Jackson de Figueiredo, passando por Euclides da Cunha, Coelho Neto, Simões Lopes Neto, Olavo Bilac, Lima Barreto e Monteiro Lobato, escrevo sobre autores injustamente esquecidos ou, pior, superestimados.

A tarefa, na sua totalidade, está longe de ser cumprida, pois o projeto de reler a prosa brasileira se estende até a década de 1970. Ou seja, dizer “ponto final” revela o prazer de uma parcela de trabalho concluída e a alegria do reinício. Para comemorar, abrirei uma lata de Irish Flake, guardada há meses para esta data, e encherei o fornilho do meu Savinelli Roma.

Feliz 2014, caros leitores!

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