agosto 04, 2013

Tempo, vida, literatura – e “A Descoberta do Ensaio”

Correções de Montaigne em uma página dos "Ensaios"
Somos aqueles que tememos tudo, como se fôssemos mortais, e desejamos tudo, como se fôssemos imortais – são as palavras de Sêneca no ensaio “Sobre a brevidade da vida”. E ele completa dizendo que é exígua a parte da existência que realmente vivemos; e que todo o espaço restante não é vida, mas apenas tempo.

A escrita, a produção literária em seus diferentes gêneros, é uma das respostas que o homem encontrou para não abreviar ainda mais sua vida, para não desperdiçá-la. Se o tempo da vida dos grandes escritores, dos pensadores que deixaram seu legado, continua a render, a proporcionar o melhor dos lucros às gerações que os sucederam, é porque, antes de tudo, eles administraram bem o seu próprio tempo – e o dedicaram ao que é essencial.

Revisitar, reler, estudar esses mestres que souberam “colher o dia” é uma forma de, aprendendo com eles, não só dominar a técnica da escrita, criar um estilo, expressar as próprias idéias, mas também “aproveitar o momento”, usar o tempo para o que é realmente substancial.

Esse é um dos objetivos do curso que vamos começar no próximo dia 14 de agosto: “A Descoberta do Ensaio”. Ao ler grandes mestres da ensaística, estudaremos os procedimentos estilísticos que eles utilizaram para se expressar, aprenderemos como aperfeiçoar nosso estilo de escrever e descobriremos que “perder” tempo com a literatura significa, na verdade, aproveitar a vida, dedicá-la ao que é realmente importante. As inscrições estão abertas.

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