setembro 20, 2011
Os perigos da moda René Girard
De repente, no Brasil, dizer-se seguidor de René
Girard tornou-se uma espécie de chancela que, por si própria, atesta a
idoneidade, a sabedoria e a lucidez deste ou daquele autor. Comportamento,
aliás, típico do nosso subdesenvolvimento cultural. Em nome desse novo modismo agora
publica-se de tudo, independente de quem seja o autor. É o caso de O pecado original à luz da ressureição: a alegria de se perceber equivocado, do heterodoxo, controvertido e repreensível
teólogo James Alison, cujas teses sobre o homossexualismo – escritas num estilo
melífluo, que engana os desavisados – são frontalmente contrárias ao Magistério da Igreja. Para completar as heresias do volume, a É Realizações convidou o padre J. B. Libanio (um sociólogo marxista que se acredita teólogo) para escrever a apresentação. Ao que parece, Alison leu, de Girard, apenas o que lhe interessa – e esqueceu de ler o essencial. Quanto à editora, é uma pena que esteja se transformando em mais um braço do esquerdismo tupiniquim.
Não li Girard ainda, mas todos os admiradores dele que conheço são pessoas conservadoras, bem como o único crítico dele que já vi era um típico esquerdista moderno desses aí.
ResponderExcluirÉ exatamente o que torna ainda mais bizarra a publicação desse livro pela É Realizações, meu caro Fábio!
ResponderExcluirLa teoría del "chivo expiatorio" de Girard es muy útil y atractiva para un colectivo tan victimista como el gay.
ResponderExcluirBuena entrada, clarificadora.
Obrigado pela visita e pelas boas palavras, meu caro Romero. Hoje, usa-se Girard para se justificar tudo! E, no entanto, o pensamento dele está longe dessas simplificações relativistas. Forte abraço!
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