A prática de amordaçar os cidadãos, comum nos governos esquerdistas, hábeis em silenciar os que deles discordam – usando inclusive de variadas formas de violência –, ressurge, no caso do PL-122, apoiada numa nova ideologia: a ideologia do homossexualismo. Para falar dela, prefiro dar voz a uma das mais ilustres figuras da Igreja Católica: o cardeal Giacomo Biffi, que foi arcebispo de Bolonha de 1983 a 2003. Vejam o que ele afirma em seu livro de memórias, Memorie e digressioni de un italiano cardinale:
“A ideologia do homossexualismo – como se compreende, com frequência, as ideologias quando se tornam agressivas e chegam a ser politicamente vencedoras – converte-se em uma insídia contra a nossa legítima autonomia de pensamento: quem não compartilha dela corre o risco da condenação em uma espécie de marginalização social e cultural.
Os ataques à liberdade de expressão começam pela linguagem. Quem não se resigna a aceitar a ‘homofilia’ (quer dizer, o apreço teórico às relações homossexuais), é acusado de ‘homofobia’ (etimologicamente, o medo da homossexualidade). Deve ficar bem claro: quem se manteve forte, iluminado pela luz da palavra inspirada e vive no ‘temor de Deus’ não teme nada, exceto a estupidez, frente à qual, como dizia Bonhoeffer, estamos indefesos. [...]
O problema substancial que se coloca é este: ainda se permite, em nossos dias, sermos discípulos fiéis e coerentes com os ensinamentos de Cristo (que há milênios têm inspirado e enriquecido toda a civilização ocidental) ou devemos nos preparar para uma nova forma de perseguição, promovida por homossexuais facciosos, por seus cúmplices ideológicos e também por aqueles que deveriam ter o dever de defender a liberdade intelectual de todos, inclusive dos cristãos?”.
E o cardeal também chama nossa atenção às Sagradas Escrituras:
“O que São Paulo deixava claro como ocorrido no mundo greco-romano [o cardeal se refere à Carta aos Romanos, Capítulo 1, versículos 21 a 32] mostra-se profeticamente correspondente ao que se verifica na cultura ocidental nos últimos séculos. A exclusão do Criador – até se proclamar, grotescamente, há algumas décadas, a ‘morte de Deus’ – teve como consequência (e quase como um castigo intrínseco) a propagação de uma visão sexual aberrante, desconhecida (quanto à sua arrogância) nas épocas passadas”.
Muito bom Rodrigo,
ResponderExcluirninguém nos obrigará ao ateísmo. Estado laico não significa que não podemos ter fé. Proibir ou coibir a religião é um abuso da força do Estado em prol de uma atitude religiosa chamada ateísmo. Ser ateu é uma atitude religiosa. Na Rússia havia ateísmo de Estado e nada conseguiram. Graças a Deus;)
Rodrigo, só mais uma coisa...minha impressão é que essa senadora foi, pouco a pouco, perdendo a razão. Observe. Há décadas ela vem se pervertendo, cada vez mais sem crítica. Está à beira de um colapso psíquico.
ResponderExcluirDai-me serenidade, Senhor. "Em midia eletrônica não pode isso"... olha a arrogância. Ela não diz "não vai poder". Ela diz "não pode", como se já fosse um fato.
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