Canalhice e afetação
No Rascunho deste mês, escrevo sobre o péssimo A correspondência de uma estação de cura, de João do Rio. Nessa tentativa de
escrever um romance epistolar, o cronista só conseguiu reunir pedantismos,
usando persistente tom de zombaria. O que foi grandioso nas mãos de Samuel
Richardson (autor de Pamela e Clarissa) — e se aperfeiçoou com
Rousseau (Julie ou la nouvelle Héloïse,
1761), Goethe (Os sofrimentos do jovem
Werther, 1774), Chordelos de Laclos (As
ligações perigosas, 1782) e Ugo Foscolo (Ultime lettere di Jacopo Ortis, 1802) — tornou-se medíocre sob a
pena de João do Rio.
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