Acima, o vídeo de minha palestra sobre o livro que acabo de lançar: Muita retórica – Pouca literatura (de Alencar a Graça Aranha). Olavo de Carvalho diz, com acerto, que “a crítica literária é a primeira disciplina filosófica, porque a crítica é a expressão intelectual mais imediata da própria experiência literária”. E a experiência literária, por sua vez, nada mais é que uma abertura à variedade da experiência humana. Ler literatura, portanto, é alargar a imaginação, ampliar nossa visão sobre as possibilidades da existência, inclusive sobre as possibilidades éticas ou morais da existência. Se entendemos a literatura assim, então a função do crítico é mostrar essas possibilidades, tomar o leitor pela mão e mostrar a ele um dos inúmeros caminhos possíveis. Para fazer isso, ele precisa recusar a arrogância epistêmica e o monismo de julgamento que imperam hoje. Ele deve ler a obra literária perguntando também até que ponto ela realmente responde ao que pretendeu ser, se ela realmente consegue ser uma estrutura coerente.
outubro 05, 2012
“A obra literária se completa quando nós completamos a sua leitura”, diz Ortega y Gasset
Acima, o vídeo de minha palestra sobre o livro que acabo de lançar: Muita retórica – Pouca literatura (de Alencar a Graça Aranha). Olavo de Carvalho diz, com acerto, que “a crítica literária é a primeira disciplina filosófica, porque a crítica é a expressão intelectual mais imediata da própria experiência literária”. E a experiência literária, por sua vez, nada mais é que uma abertura à variedade da experiência humana. Ler literatura, portanto, é alargar a imaginação, ampliar nossa visão sobre as possibilidades da existência, inclusive sobre as possibilidades éticas ou morais da existência. Se entendemos a literatura assim, então a função do crítico é mostrar essas possibilidades, tomar o leitor pela mão e mostrar a ele um dos inúmeros caminhos possíveis. Para fazer isso, ele precisa recusar a arrogância epistêmica e o monismo de julgamento que imperam hoje. Ele deve ler a obra literária perguntando também até que ponto ela realmente responde ao que pretendeu ser, se ela realmente consegue ser uma estrutura coerente.
muito bom! bendita internet que nos traz conteúdo de verdade. deu vontade de comprar o livro.
ResponderExcluirObrigado!
ResponderExcluirOlá Sr Gurgel,gostaria de parabenizar pela palestra, comprarei o livro assim que possuir recursos e o curso também.
ResponderExcluirSou estudante de direito no interior de Mato Grosso, vi sobre seu trabalho no MSM, website que acompanho há mais de 5 anos bem como as publicações de Olavo de Carvalho que também leio desde adolescente (conto hoje com 22 anos).
Gostaria só de fazer algumas observações a respeito de dois comentários feitos pelo Sr. no video, sendo sobre o metodo que deve ser utilizado para uma correta crítica literaria, e é claro sobre os criticos envergonhados.
Bem primeiramente sobre o método gasseniano que o senhor utiliza tenho a dizer que concordo plenamente em seu uso. Proceder a analise de uma atividade tão complexa e que representa a meu ver a essência do ser humano só pode ser feita corretamente fazendo-se uso das "ferramentas espirito humano". O resto é "verniz onírico" como o sr. mesmo disse. Pois bem traço aqui o paralelo entre o uso desse método em outra ciencia especulativa, a economia, temos como exemplo de grande téorico que se valeu do mesmo método o economista Ludwig Von Mises, téorico da escola austríaca de economia, que defendia que para uma compreensão da economia, deveria o estudioso se valer destas ferramentas, pois seria a economia uma atividade ligada a elas. E é incrivel a habilidade com a qual Von Mises descreveu regimes politicos e ecônomicos e profetizou situações que se concretizam nesse período da historia, podemos acessar sua obra através do website: (http://mises.org/) mantido pelo serissimo instituto que leva o nome do professor.
Continuando, sobre a atual situação da critica literária brasileira, especialmente os "criticos envergonhados", essa cortesia hipócrita tomou conta de toda a sociedade, se institucionalizou. Vemos uma classe pensante que somente se acomoda nessas ideologias, não se levantam ao debate, que é a missão do intelectual, e somente avacalham com quem pensa diferente.
Continue o ótimo trabalho, que Deus lhe ilumine sempre.