Puro pedantismo
No Rascunho
deste mês, minha análise do romance Canaã, de Graça Aranha: “Jamais entendi por
qual motivo afirma-se que Canaã é um
romance nacionalista — e, consequentemente, teria sido uma das obras que
anteciparam as ideias da Semana de 22. A bem da verdade, se há exaltação dos
valores nacionais nesse livro, estão descritos às avessas — ou foram
encontrados por algum crítico fantasioso. [...] A cada página, reaparece o fel
do naturalismo, pretensamente científico, de Aluísio Azevedo. Eco da escola
evolucionista e do germanismo de Tobias Barreto, de quem Graça Aranha foi
discípulo, Canaã também apresenta
respingos da lama frenologista e preconceituosa de Mestiçagem, degenerescência e crime, de Nina Rodrigues”.
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