setembro 30, 2010

"Leio de tudo e, seguindo o conselho básico de Nabokov, também releio"

Colhi no sempre ótimo Não gosto de plágio esta entrevista com Jorio Dauster, um dos nossos principais tradutores. Um trechinho:

Eu tenho amor às letras. Ao contrário de Castro Alves, que num poema afirmou “eu sinto em mim o borbulhar do gênio”, nunca me subiu das entranhas a ânsia de dizer algo novo ou de forma diferente, a meu juízo a única boa razão para alguém desejar ser escritor. Sendo assim, adotei com muito orgulho o prazer vicário de trazer para o vernáculo aquilo que alguém produzira de modo notável em outro idioma – gente como Vladimir Nabokov, J.D. Salinger, Thomas Pynchon, Philip Roth e Ian McEwan, que devem figurar em qualquer seleção dos maiores das últimas décadas.

Um comentário:

  1. Embora só concorde com o nome de Nabokov dos listados (Roth, com seus inúmeros complexos de inferioridade, com os quais estranhamente ele procura se exibir, não me convence de forma alguma. McEwan, falta-lhe o estofo do pensador/narrador. Pynchon não conheço); feitas essas ressalvas, devo dizer que o caro Jorio Dauster foi bastante feliz em suas colocações, sintetizando bem o propósito do escritor e do tradutor. Excelente.

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