março 20, 2010

Advertência aos defensores da liberdade

Roberto Romano, com sua habitual lucidez, escreve no Estadão sobre “os cosméticos que tombam da face governamental”. A fala dogmática do PT, maquiada pelo marketing político nos últimos anos, começa, de fato, a reaparecer, e o professor de Ética da Unicamp lembra que as afirmações do cínico nº 1 do país, feitas em 1986, continuam atuais, corroboradas pelos recentes discursos ridicularizando os presos políticos da ditadura cubana e pelas conferências, ditas “populares”, sobre a cultura e os meios de comunicação. Voltam, assim, à tona, aquelas perigosas e temerárias palavras: “a liberdade individual está subordinada à liberdade coletiva. Na medida em que você cria parâmetros aceitos pela coletividade, o individualismo desaparece. Ou seja, não há razão para a defesa da liberdade individual”.

Pensamento herdeiro da pior e da mais criminosa cepa esquerdista, esse que pretende submeter a liberdade individual a certa imaginária “coletividade”, palavrinha sob a qual nós – os que não se entregam ao sono da consciência e permanecem vigilantes – sabemos muito bem que, semelhante ao lobo fantasiado de cordeiro, se esconde outra, adorada pelos totalitaristas: Estado.

É o que a esquerda quer: garrotear a imprensa, submeter as manifestações culturais à pauta censória do politicamente correto, ditar os rumos da pesquisa científica (vejam-se, por exemplo, os critérios tácitos seguidos hoje pelo CNPq para concessão de bolsas na área de Humanas) e, passo a passo, controlar cada escaninho do país. Roberto Romano está certo: as falas do presidente da República devem servir como advertência àqueles que amam e defendem a verdadeira liberdade.

Um comentário:

  1. além de incomodar os discursos contrários a liberdade individual, me incomodam pessoas de esquerda que amam dinheiro, esbanjam dinheiro, vivem na mais perfeita ostentação. o que é muito contrário ao que alardeiam. beijos, pedrita

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