Em alguns casos, a distância do poder concede sabedoria ao político. Não que essa qualidade tenha faltado a Fernando Henrique Cardoso durante os seus oitos anos como presidente da República, mas agora, comparando aquele período ao atual, exercido por meio de um populismo desagregador, vemos bem a falta que nos faz um verdadeiro estadista.
Diante da entrevista que FHC concedeu ao jornal El País, traduzida no UOL Notícias, devo penitenciar-me dos inúmeros erros de avaliação que cometi, principalmente no início de seu primeiro governo, em 1995, quando, ainda militando no PT, eu apenas repetia os velhos chavões da esquerda e pautava-me mais pelo rancor típico dos esquerdistas do que pelo bom senso.
Leiam, por exemplo, o trecho abaixo. Vejam como FHC avalia a realidade de maneira correta e equilibrada:
El País: Onde estão os pensadores que têm de refletir em épocas de crise?
Cardoso: Em casa. E há necessidade de intelectuais com brio, gente que pense grande e dialogue com a sociedade. O que há são negativistas, têm o faro virado para trás. É preciso olhar para a frente, aceitar que a globalização está aí, que a Internet está aí, que há novas formas de produção, de comunicação. Não podemos cair em utopias regressivas [...].
eu me incomodo com depoimentos como: eu não precisei estudar pra chegar onde cheguei. e outros em seguida. acho q mesmo q alguém venceu com pouco estudo, não deve dizer isso como se fosse um prêmio, q não é importante estudar. beijos, pedrita
ResponderExcluirE precisamos também saudar o voto que o ministro Gilmar Mendes acaba de proferir sobre o caso Battisti. Argumentação irretocável, uma demolição técnica dos argumentos de Tarso Genro.
ResponderExcluirPedrita: Vc tem plena razão. Um beijo!
ResponderExcluirJonas: Sem dúvida, um voto brilhante. Grande abraço!