Penso nos mortos do terremoto na Itália. Mas penso principalmente nos vivos, na herança de dor e saudade que terão de carregar, e no sentimento, sempre devastador, de que a vida é uma luta entre forças desproporcionais, onde, de um lado, está o homem – cheio de orgulho, mas frágil, patético –, caminhando tendo diante de si o fim iminente, e de outro o infortúnio, demorado ou abrupto, mas sempre inevitável.
Se viver exige um ato de coragem diário, o que será viver sustentando o ônus do fatídico – e, pior, o ônus de escapar da morte e, em troca, ser condenado a suportar o peso de todas as conseqüências provocadas pela fatalidade?
Rodrigo,
ResponderExcluirtenho amigos e parentes na Itália. Quando ouvi a notícia pela primeira vez, o susto foi tão grande que me faltou o ar... sabendo que não fora na cidade da minha avó, folguei. Mas imediatamente me dei conta de quão egoísta era essa percepção.
Fiquei e ainda estou com o coração na mão, é triste ver as imagens. Não aguento pensar em todo o ônus que lhes restou.
Foi você que me recomendou via twitter o blog do Antônio Fernando Borges? Acho que posso estar te confundindo.
Tem um e-mail para que possamos conversar?
Vejo que recomenda o portal do Instituto Millenium e lê também alguns dos nossos colaboradores.
Obrigada pela citação.
Querido Rodrigo, sabe de minha origem e sempre que aqui venho sinto vontade de comentar mas seus textos e reflexões andam muito elevadass pra este momento de mudança que atravesso. Este postado , porém, tenho coragem de comentar com um poema feito por um amigo italiano do Recife. Zelito é artista multímídia, incrível
ResponderExcluirVale a pena ler
Abalos na Alma
Aos que se foram minha maior reverência, Flores!
Essas que nos jardins penetram nossa alma.
A eles que se foram tudo.
O terremoto abala a alma de todos os seres da bendita terra.
Trepidações na Fortaleza Rocca Calascio,
Nem seus mais de 500 anos de pedra são suficientes para não tremer.
Temer terras tremulas.
O sismo tem seu epicentro abaixo, Áquila acima
Lá na superfície, suas mais belas histórias de amor
Falcão e lobo que só se encontram no crepúsculo.
Crepúsculo, claridade fraca indireta deste um grande abalo n’alma
O tempo, a transição fazem um anoitecer diferente na bela Itália.
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Zélito Passavante
Saudades
Beijos pra Mimi, gatos todos ekes bem?
Anita e Beatriz, não me canso de lembrar das palavras de John Donne: "a morte de qualquer homem me diminui, porque sou
ResponderExcluirparte do gênero humano".